O mistério dos computadores desaparecidos

Ambos estranharam a ausência do sermão do professor Dinis e depararam-se com uma turma em silêncio e um professor exasperado. A sala estava vazia… para onde teriam levado os computadores? Todos estavam boquiabertos...a sala de TIC sem computadores!??? O que se terá passado?...

O João e a Margarida prontificaram-se para ir chamar a diretora. Coisa estranha! Era a primeira vez que tal acontecia... O João passava o tempo a jogar no telemóvel e a Margarida a fazer sessões no Tik Tok. Nunca chegavam a horas às aulas e sabiam que a diretora Maria dos Prazeres Morais não gostava de atrasos. Os restantes alunos questionaram-se sobre esta atitude voluntária dos colegas. Esconderiam algo?
A diretora, uma mulher alta e imponente, subiu as escadas com passo elegante e decidido, para averiguar o sucedido e deparou-se com uma janela aberta na sala de TIC e uma escada do lado de fora. E abordou o professor Dinis, tentando obter algum esclarecimento sobre o sucedido. De imediato, sem hesitar, contactou telefonicamente a Escola Segura.
Passado pouco tempo, já os agentes Neves e Silva tomavam conta da ocorrência e analisavam todos os cantos da sala de TIC à procura de provas de crime.
O agente Neves, já perto dos seus 60 anos, homem muito arguto, exibindo com orgulho o seu bigode farfalhudo, pediu à sua camarada, uma jovem sem maquilhagem, de cabelo negro apanhado num "coque", com olhar vivo e astuto, que encaminhasse a turma para fora da sala de aula.
Os alunos saíram da sala de forma ordeira, procurando não perturbar o trabalho minucioso da polícia e seguindo com curiosidade todos os passos da investigação.

O agente Neves e a agente Silva chamaram o professor Dinis, o João e a Margarida à parte e todos ficaram espantados! Quem diria? Tinham descoberto os culpados? Era sabido que o professor Dinis era órfão e tinha passado por várias instituições, enquanto jovem; o João e a Margarida tinham muitas participações disciplinares, ao longo do seu percurso escolar. Em seguida, inquiriram a diretora e os restantes alunos da turma, que se apresentaram no auditório da escola com grande nervosismo.
Nesse dia, a diretora chegara mais cedo à escola e, no dia anterior, tinha reunido com elementos da Escola Segura, supostamente, para resolver problemas de absentismo escolar...

Os agentes continuaram a investigação, analisando todas as filmagens das câmaras existentes por todo o espaço escolar e rapidamente descartaram a hipótese de ter sido alguém exterior à escola a levar os computadores.
O chefe dos assistentes operacionais, o Sr. Adalberto, um homem alto e carrancudo, estranhou o visionamento apressado das imagens por parte dos agentes da autoridade... e lembrou-se de ter visto, findo o horário escolar, a diretora a correr de um lado para o outro no pátio exterior da escola. Nessa mesma noite, o João e a Margarida também passaram pela escola e não viram a escada suspeita!!!... Que mistério!

O Sr. Adalberto lembrou-se, então, que a diretora lhe tinha pedido umas caixas de papelão enormes, uns dias antes, e do que o João e a Margarida disseram sobre o facto de não terem visto a escada na noite anterior! Por outro lado, também era habitual pregarem partidas na escola durante o Halloween. Tendo tudo isto bem presente, falou com os agentes sobre as suas suspeitas, que foram prontamente confirmadas.
A diretora Maria dos Prazeres Morais aproveitou a festa do Halloween para pregar uma partida aos alunos de TIC e testar a eficácia da segurança noturna na escola, em conluio com a Escola Segura. Afinal, a diretora e os agentes da Escola Segura também sabiam brincar!!!

Uma escola envolvida num mistério. Computadores desaparecidos. Um professor e dois alunos suspeitos. Uma diretora que pede o auxílio da Escola Segura.