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Step 1 - Setting and characters
Homicídio da amada Dona Francisca
Portugal
Portuguese
Era uma manhã de inverno. Numa pequena aldeia do interior, só se ouvia o vento, mais forte do que o normal. Um cliente habitual acabara de chegar ao café mais conhecido da rua da Devesa, o “Zé do Café”, e questiona o empregado sobre o facto de a Dona Francisca ter as janelas abertas e partidas. A Dona Francisca, apesar dos seus oitenta anos, era uma senhora bem-disposta, arranjada e muito conversadora para a idade, e o homem, que a conhecia, achou a situação estranha. Decidem ligar para a polícia, que chega rapidamente ao local.
Step 2 - Crime scene
Dois polícias entraram pela janela da frente, também esta danificada, a qual dava para o quarto da senhora. Mas este estava vazio. Percorreram as outras divisões da casa e encontraram-na imóvel no sofá. Ao lado, estava um copo sem água e uma caixa de comprimidos que continha apenas um. Os agentes olharam-se decididos a resolverem este crime.
Step 3 - The detective
O polícia Carlos Crispim telefonou ao detetive Jorge Bacelos para ele ir recolher as provas. Em poucos minutos ouviu-se o chiar do carro velho do detetive, que se apressara a sair de casa, vestindo a sua gabardina preta e levando consigo a sua mala de ferramentas.
Step 4 - The suspects
Ao entrar na sala, o detetive não conseguiu esconder a expressão de tristeza no rosto cheio de rugas, pois reconhecera a sua amiga de infância, apesar de mais velha do que ele. Com uma luva, retirou a caixa e o comprimido que sobrara, colocando-os num saco para investigação. Entretanto, Pedro Pereira, o segundo polícia, tocara nas campainhas dos vizinhos para procurar informações. Apenas a Dona Edite lhe confessou que o único filho da vítima chegara a casa antes da hora de jantar, saindo apenas de manhã, antes que o sol nascesse.
O detetive, ao ouvir o testemunho da vizinha, ficou intrigado e perguntou-lhe: “A senhora não vê novelas até tarde?”. Ao que ela respondeu de imediato: “Ora, claro que vejo! Só me deito quando elas acabam”. Jorge Bacelos perguntou: “Assim sendo, como é que a senhora consegue acordar tão cedo, se se deita tão tarde?”. “É que ontem, assim que jantei, tomei um comprimido que me deu muito sono e, por isso, não vi as novelas, mas desculpe perguntar, acha que eu, com os meus oitenta e cinco anos e estas duas bengalas, conseguia fazer algum mal à minha querida vizinha?”, disse ela, com um ar muito ofendido. Voltando a intervir, antes que ele conseguisse falar: “Pode perguntar ao meu médico. Foi ele que me receitou este novo comprimido ontem de manhãzinha quando lá fui a queixar-me da minha tensão alta”. Sem aguardar resposta, pediu a um dos polícias que tratasse de averiguar a veracidade da história, que foi comprovada.
Step 5 - Examine the Crime Scene
Um dos agentes policiais descobrira o contacto do filho da falecida e ligou-lhe: “Boa tarde, lamento informá-lo desta maneira inesperada, mas a sua mãe faleceu esta manhã”. Não obteve qualquer tipo de resposta do outro lado, acabando por desligar. Passados 15 minutos, o filho chegou ao local. “Peço desculpa, senhor agente. Fiquei surpreendido com o seu telefonema e a minha primeira reação foi desligar e correr para aqui”. O detetive Jorge Bacelos trabalhava com estes casos desde há anos e sabia que esta reação não era comum num inocente. “Sabe que foi visto a sair de casa da sua mãe bem cedo?”. Não obteve resposta verbal, o rapaz apenas coçou a cabeça. Este sabia quais eram as intenções do polícia. Estava a ser considerado acusado do crime. O detetive voltou a interrogar: “O que o fez sair tão cedo de casa?”. O rapaz apenas disse que tinha arranjado trabalho como camionista e que por isso começava muito cedo a trabalhar. Ao ouvir isto, o detetive considerou ser um álibi e rapidamente lhe pediu o contacto da firma para confirmar o seu testemunho. Contudo, era verdade. O rapaz fora sincero e estava no seu trabalho à hora que indicara.
Step 6 - Mystery Resolution
Entretanto, o outro agente policial pesquisara na internet informações sobre o tipo de comprimidos encontrado e revelou que os comprimidos que a vítima tomara provocam, nas pessoas com problemas cardíacos, coagulação do sangue. Decidem, então, ir ao hospital descobrir quais comprimidos a médica receitara à vítima. Fornecida a lista, eles ficaram a saber que o único comprimido que o detetive entregou para análise era o que a Dona Francisca não tomava. Olharam uns para os outros e rapidamente concluíram que os medicamentos tinham sido trocados.
O detetive deslocou-se à única farmácia da região, para descobrir quem tinha vendido a última caixa de comprimidos que D. Francisca tomara e pediu aos dois polícias para irem lá ter quinze minutos depois. O velho farmacêutico, bem-disposto, atendeu-os com um sorriso na cara. O farmacêutico foi ao dossiê das receitas retirar a fatura da última venda. Jorge viu que o homem retirou duas e colocou uma dentro do bolso. O detetive disse-lhe em tom sério: “Pode passar-me o que colocou dentro do bolso da bata?”. O farmacêutico não ofereceu resistência e retirou o papel. O detetive leu-o e apercebeu-se de que ele tinha vendido os comprimidos errados. Perguntou, então, de forma acutilante: “Então você trocou os comprimidos da paciente?”. O farmacêutico, em tom desesperado, confessou que o fizera porque a Dona Francisca não queria casar-se com ele e ficara muito frustrado. Ela abrira-lhe a porta, sem suspeitar da dimensão da sua fúria, e ele, depois de disfarçadamente ter desfeito vários comprimidos no chá de D. Francisca, enquanto ela fora de novo à cozinha, esperou que ela perdesse os sentidos quando terminou de beber o chá. Antes de sair, partira as janelas para que a suspeita em relação ao motivo do crime fosse um assalto.
Os polícias tinham chegado entretanto, ouviram as palavras do farmacêutico, e o agente Pedro Pereira apenas declarou: “Está detido pelo homicídio da Dona Francisca”.
Step 7 - The story trailer
Um detetive muito experiente une forças com dois polícias para desvendar um homicídio numa pequena aldeia. Convencido de que qualquer pessoa poderá ser suspeita, irá investigar todas as hipóteses para colocar na prisão o responsável pela morte da tão querida Dona Francisca.

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